quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Era bom!

Era bom abraçar-te, sentir-te,
tocar-te,
chamar o teu nome e ouvir uma resposta,
alisar-te o cabelo, pentear-te a beleza,
era belo,
quem é que não gosta??
Gostava de adormecer contigo a meu lado,
adorava ter o poder,
de te agradar, fazer sorrir, de te beijar,
de partilhar todos os momentos,
os bons momentos, os maus, os demais,
adorava ler os teus pensamentos,
de te desfolhar as pétalas doridas,
de te adorar entre nuvens adormecidas,
estonteadas,
com a tua face serena
por causa dela de invejas possuídas
e a tua aura amena,
sorrias como a sereia que Ulisses canta,
serias a minha, minha infanta,
escolhida,
escolhida entre as escolhidas,
a minha bela adormecida,
que teimaria em acordar,
talvez só com um beijo consiga,
despertar a beleza que há em ti,
que me faz viver, que me faz amar...


terça-feira, 24 de julho de 2012

Talvez!

Talvez, passado alguns momentos, iremos perceber a simples diferença entre dar uma mão e algemar uma alma. Talvez, iremos aprender a construir o amanha com o hoje que temos porque, muitas vezes, o futuro fica a meio. Talvez, um dia, chegaremos à conclusão que com as pessoas certas, mesmo que não estejamos a fazer nada, iremos passar grandes momentos juntos. E talvez, inesperadamente, iremos perceber que o tempo é algo que não pode voltar atrás, a não ser lembrado, e que se não traçarmos o nosso caminho com o desejo de alcançar, não irá ser suficiente andar muito, pois assim, qualquer lugar nos vai servir.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Levanta-te também!

Sinto, que precisava desabafar aos meus ouvidos. Creio que ao sussurrar aos meus ouvidos com as minhas próprias palavras a ligação existente nos espaços entre cada sílaba seria o silêncio verdadeiro do estado da alma com o estado da mente em perfeito entendimento, não havia miragens, tal como palavras falsas que já ouvi. Creio também, que deveríamos apertar bem o nosso corpo com essas palavras duras e mortíferas  até rastejar-mos ao limite das nossas fraquezas, e em forma de lição, apreciar um dia chuvoso e perceber que a chuva também cai e não é por isso que deixa de existir!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ainda Procuro!!

E tão de leve,
apreciara cada sorriso
vindo dos teus olhos,
nem o cheiro das flores lá fora
me impede de saborear o toque do teu rosto leve,
que me chama não pelo nome,
mas por mim todo...
Nem o sentir das saudades
que nunca tives-te,
me deixa fugir o que nunca foi meu..
Essa beleza penteada
em tons de mar azul,
espelha tudo do nada que tenho,
mas que olhando outra não consigo ver!
Esse desenho que preenche o que és,
cheio de nuvens que não existem,
e que só aparecem quando a tua pele sente o toque do teu corpo,
e aí suam felicidades de lhe tocar,
tal como és.
Ainda procuro,
Com o mérito dos meus olhos se te tocarem,
ou talvez só com um gesto consiga,
despertar a beleza que há em ti,
que me faz viver,
que me faz sonhar!!








segunda-feira, 25 de junho de 2012

Não me cales!

Embora haja emoções que as palavras não saibam traduzir, elas mesmas por vezes são o modo mais acertado de se calar do que o silêncio!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vontade, que nem eu sei!

Palavras vazias são como silêncios que não oiço! A vontade de ouvir uma voz elimina o estigma que outra já causara, e a capacidade de ver sem olhar traz ao corpo o sentir sem tocar!

domingo, 17 de junho de 2012

Onde estás? que ainda te vejo...

Hoje, ou melhor, outra vez hoje, me lembro e recordo vivamente enquanto lágrimas contornam os poros do meu rosto inundando o meu sorriso só de pensar que me possas estar a ver na mesma! É duro, dói-me, saber  que durmo no mesmo sítio onde muitas vezes te vi dormir, onde muitas vezes acariciei a tua pele macia com os beijos mais sinceros que alguma vez o calor dos meus sentimentos teve coragem de dar! Estas quatro paredes que ofuscam todos estes rancores que trago da vida que perdi e, com ela fui inevitavelmente,    lutam comigo todos os dias à espera que pela janela entre o que hoje apenas é saudade! É demasiadamente irreal dizer que apenas queria ver-te uma única vez mais? Dizer que se te voltasse a ver não de deixaria partir sozinha?.... Tenho o corpo cansado e o coração ferido, e apenas pedras colhi na paisagem transparente em que tu não apareces. E apesar desta revolta, sei que quando me visitas e apareces na janela do tempo, a paisagem do nosso olhar incendeia num vespertino silêncio. Vou seguir em frente sim, mas não perdoarei nunca que alguém me limpe as lágrimas que derramo enquanto me lembro de ti, porque essas, essas são ainda um pouquinho do que posso tocar em mim e que te pertencem. Não tenho vergonha de dizer que já olhei o céu para tentar ver-te, que já saltei bem alto para tentar tocar-te, que já adormeci pedindo a Deus para sonhar contigo! Não colocarei nunca uma foto tua em qualquer sítio onde eu passe, isso seria dizer que precisaria de algo para te lembrar. Hoje sigo, sigo mais maduro, mais frio, cada vez mais sem espaço para quem não entender o sentimento das palavras que solto, e caminharei lado a lado com que amo,  escolhendo o meu caminho mas nunca largando mãos do destino. Foste tu, fiquei eu e saudade, amanha irei eu e caminharei contigo lá em cima!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Para onde irão estes pássaros!

Como Gotas dessa chuva que não cai,
belos olhos te beijam a beleza,
o olhar bate como pedras,
mas sem te convencer,
e o meu silêncio fala em dez línguas,
como os sonhos mudos que escorrem nos meus dedos
repetindo o teu próprio nome.
O meu sorriso é  um desejo louco,
como um barco que abandona o mar,
e que vai relembrando pouco a pouco,
o prazer louco de te navegar!
Gosto de cada traço da terra que tu não és,
e do pedaço de céu que nunca foste,
e gosto porque não tenho outra estrela!
Estas palavras são pássaros que aparecem não se sabe de onde,
pousam em ti e partem de novo,
eles não têm porto,
alimentam-se, tal como eu,
no teu par de mãos e partem,
ficando esta inspiração como a lua perfumada
espalhando sua alegria pelo céu!

sábado, 17 de março de 2012

Tuas mãos!

Lembro fotograficamente as tuas mãos paradas,
Lembro-me, agora, mais delas do que de ti,
a minha alma chora o íntimo desejo do seu toque,
essas tuas mãos um pouco vazias, um pouco minhas,
mas hoje trago comigo o objectivo real de ser consciente,
Com esta inquietação que me prende também
trago a lágrima e o desejo,
dessa mão que não vem.

Algo Ficará!

Hoje quero é sossego,
até amaria o vento desde que não o ouvisse,
enquanto o destino não me conhecer continuarei sozinho,
e então olho o meu corpo sem sombra de outro a meu lado,
não é que não quisesse,
nem é meu este jeito de estar só,
na verdade nunca estive acompanhado,
só beijei ainda aquelas estrelas a que não chego,
um dia destes os sonhos morrerão, e eu deixarei estes versos.

domingo, 11 de março de 2012

Continuo....

Penso por vezes, com uma inércia comovente, que se um dia num futuro a que eu já não pertença, estas frases que escrevo, durarem com prazer, eu terei enfim, alguém que me compreenda. Mas longe de mim eu renascer perante elas, terei já morrido há muito, serei compreendido só com retratos que enquanto vivo, embora já não compense,  eram apenas uma desafeição de mim perante outros. Saber viver perante a escrita, e obedecer ao que ela não pede, é para mim na vida quanto basta. E se um dia me disserem que só escrevo bem quando estou bêbado, eu beberei. O meu fígado é apenas uma coisa que vive enquanto eu viver, as minhas palavras viverão para sempre. Para mim, escrever é a maneira mais agradável de ignorar a vida.

sexta-feira, 9 de março de 2012

O dia em que não sei!

Nem sei com quantas palavras hei-de eu começar a escrever, hoje sair-me-à apenas da ponta dos dedos a vontade de escrever, quase como vício, como quando me arranho para falar comigo. Não é o dia quente e brando, lento e suave nem a aragem perfeita, é quase nada, pouco mais que este ar que já se sente, não é, porque não sinto, ou pouco mais que o bater dos ponteiros voarem sobre mim a uma velocidade inatingível, ultrapassando tempos que eu teimo em desperdiçar. Escrevo isto, sob um tenso cansaço que parece não caber em mim, e que precisa mais do que a minha alma para ter onde se suportar. Mas ergo a cabeço e espero o vento secar-me este suor de sentir e olho o céu, e depois de olhar, esqueço-me a mim antes de ter olhado, não fico melhor, mas fico diferente. E o vento nunca passara tão de leve, e eu pequeno, como as pequeninas coisas, sou perfeitamente translúcido a ele, que paro para o deixar passar. Nada me diz quem sou, nada me diz se fui. Mostrar-me-à a mentira a verdade que eu não tenho ou, levar-me-à a verdade à mentira que eu nunca fui?